janeiro 23, 2006


Diário de um pai

Depois que descobrir que iria ser pai, resolve escrever um diário durante a gravidez da mãe da minha filha. Foi uma forma de canalizar minhas preocupações e desabafar sem me abrir pra ninguém. Portanto revelo aqui a primeira mensagem no “Diário de um pai”

16 de Dezembro – Todos temos momentos de hesitação e insegurança. Não há quem não sinta o medo e a ansiedade em determinadas situações. Não há quem não se estremeça diante de determinados estímulos. Todos temos fragilidades só não as enxerga quem é incapaz de viajar para dentro de si mesmo. Uns derramam lágrimas úmidas, uns exteriorizam seus sentimentos, outros numa atitude inversa, os represam. Alguns ainda operam com facilidades determinados estímulos estressantes, parecendo inabaláveis, mas tropeçam em outras aparentemente banais. Todos nos abominamos as dores e dificuldades da vida, procurando bani-las a qualquer custo de nossas histórias. As pessoas que acha que seu problema não tem solução ou que é maior do que do outro, criam uma barreira intransponível dentro de si mesma. Assim, até doenças tratáveis, com a depressão e a síndrome do pânico, se tornam resistentes. Não importa o tratamento do nosso problema, mas a maneira como o vemos e enfrentamos. Precisamos desengessar nossas inteligência e enxergar as pessoas, os conflitos sociais e as dificuldades da vida sem medo, de maneira aberta.

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